quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Junta do Cabeçote


A junta da cabeça, junta do cabeçote ou junta da "culassa" situa-se entre o bloco dos cilindros do motor e a respectiva cabeça.

Tem como finalidade assegurar a "estanticidade" de cada uma das câmaras de combustão, bem como a continuidade dos circuitos de água de refrigeração do motor e dos circuitos de passagem do óleo lubrificante do motor.

O material da junta tem que estar em condições de impedir a penetração da mistura gasosa, da água ou do óleo nos circuitos adjacentes. Tem que possuir uma elevada resistência térmica (temperatura de centenas de graus), química (presença de óleo, mistura gasosa, água) e mecânica (pressão de aperto e movimentação das bielas).

A junta possui orifícios para assegurar a continuidade dos vários circuitos que atravessam o motor do automóvel, bem como para a passagem dos parafusos de fixação da cabeça ao bloco do motor, chamados parafusos prisioneiros.

As juntas mais antigas eram constituídas por papel grosso juntado com óleo grafitado, sendo depois substituídas por outras com duas folhas de cobre possuindo no seu interior amianto. Com a proibição do uso do amianto na Europa e em muitos países do mundo, essas juntas estão em fase de desaparecimento.

Mas as juntas atuais são geralmente feitas de cobre ou de múltiplas folhas de aço (em inglês Multiple Layers Steel ou MLS).

Problemas mecânicos nos motores, nomeadamente no sistema de lubrificação, podem provocar a deterioração das juntas. Uma avaria em uma junta pode provocar problemas de perda de potência do motor ou, quando fica degradado o isolamento, a ligação entre circuitos de óleo, água ou gases de admissão ou escape do motor podendo levar a graves problemas no motor.

A diminuição da relação de compressão do motor ou a redução da pressão do circuito de arrefecimento são indícios de problemas com a junta da cabeça.

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